São Paulo, tarde de abril;
tomando um café sem açúcar com
cigarro entre os dedos;
e, pensando que chegou a hora de
confessar aos leitores o que é a vida de um mero mortal aos curiosos de plantão
com tantas dúvidas sobre mistério da minha real identidade, pois sempre me
questionam: “Quem é você cara?”
Eis a resposta que sempre pensei
em dar:
Abram-me todas as portas!
Por força que hei-de passar!
Minha senha? Walt Whitman!
Mas não dou senha nenhuma…
Passo sem explicações…
Por força que hei-de passar!
Minha senha? Walt Whitman!
Mas não dou senha nenhuma…
Passo sem explicações…
Se for preciso meto dentro as portas…
Sim — eu franzino e civilizado, meto dentro as portas,
Porque eu neste momento não sou franzino nem civilizado,
Sou EU, um universo pensante de carne e osso, querendo passar,
E que há-de passar por força, porque quando eu quero passar sou Deus!
Sim — eu franzino e civilizado, meto dentro as portas,
Porque eu neste momento não sou franzino nem civilizado,
Sou EU, um universo pensante de carne e osso, querendo passar,
E que há-de passar por força, porque quando eu quero passar sou Deus!
Tirem esse lixo da minha frente!
Metam-me em gavetas essas emoções!
Daqui pra fora, políticos, literatos,
Comerciantes pacatos, polícia, meretrizes, souteneurs,
Tudo isso é letra que mata, não o espírito que dá a vida.
O espírito que dá a vida neste momento sou EU!
Metam-me em gavetas essas emoções!
Daqui pra fora, políticos, literatos,
Comerciantes pacatos, polícia, meretrizes, souteneurs,
Tudo isso é letra que mata, não o espírito que dá a vida.
O espírito que dá a vida neste momento sou EU!
E tenho dito!
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